sábado, fevereiro 02, 2013

Vinicius de Moraes

Ternura Eu te peço perdão por te amar de repente. Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos. Das horas que passei à sombra dos teus gestos. Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos. Das noites que vivi acalentando. Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo. Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente. E posso te dizer que o grande afeto que te deixo. Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas Nem as misteriosas palavras dos véus da alma... É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias. E só te pede que te repouses quieta, muito quieta E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar estático da aurora.  
Vinícius de Moraes

sexta-feira, fevereiro 01, 2013

A ficha ainda não caiu


Como podemos explicar uma desgraça como essa? De que modo os pais, os familiares, vão conviver com essas lembranças tão amargas? Estão todos meio que, sem entender direito o que aconteceu. Uma tristeza imensa, cobre nossos corações mesmo não sendo da família.Eram um pouco os nossos filhos, nossos irmãos, nossos primos,namorados, sobrinhos. Enfim um pedaço de todos nós levou com eles. Não conseguimos, esquecer sequer por um minuto. Nossas orações, nossos pensamentos estão com a família dessas crianças, que estavam cheias de esperança, por um futuro melhor. Cheios de planos, para o futuro. Eram lindos, jovens, saudáveis,e aconteceu essa tragédia . Quanta tristeza meu Deus! O que dizer nessas horas? Palavras não bastam apenas nossas orações

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